objeto de nascer

Aquele escrito que estava guardado,

construído no impulso do levantar da cama.

Gota condensada na neblina do sonho,

pinga no solo seco da memória perdida.

O balanço do banco sem calço

anuncia o quase nascimento do objeto de nascer.

Desponta no clarão do susto,

mas destina o fundo da gaveta.

Onde moram as coisas proibidas de se ler?