inda que potente
e mesmo que imponente,
sei da água de sua peneira
e que nela se faz redemoinho.
antes de insistir em aguentar sozinho,
lembra:
também preciso trabalhar
pra sustentar
os ciscos dos meus olhos.
talvez ele não saiba
do bordado de suas veias.
que isso que sente, se tem nome,
é renda.
que não é preciso ser como nós,
ponto sem nó,
nem render-se pra ter aninho.
vem,
descansa sua cabeça de homem
em meu ombro de menino.